Médica que socorreu bebê de 1 ano que morreu afogada revela o desespero na hora da ocorrência

A mãe estava distraída quando a menina acabou caindo dentro de um geleira que estava com água

Na manhã desta sexta-feira (13), uma tragédia marcou a capital Rio Branco. Uma bebê de apenas 1 ano e 4 meses, morreu afogada dentro de uma caixa térmica com gelo no bairro Montanhês.

Bebê tinha apenas 1 ano e 4 meses/Foto: ContilNet

VEJA MAIS: Bebê de 1 ano morre afogada em geleira com água após ser amamentada pela mãe

Segundo informações da família, a criança ainda mamava. Após ser alimentada pela mãe, Ana desceu da cama e saiu do quarto. A mãe estava distraída quando a menina acabou caindo dentro de um geleira que estava com água. A criança ficou submersa por muito tempo e já estava sem sinais vitais quando foi encontrada.

Em entrevista ao G1, a médica do Samu, Denise Evely Fontes, responsável pelo socorro da bebê, deu detalhes sobre a ocorrência. Ela disse que a criança foi encontrada submersa na água após 15 minutos.

A equipe tentou reanimar a criança por mais de 45 minutos, fez a intubação, mas apesar do esforço, a morte da menina foi confirmada dentro da ambulância.

“A atendente identificou que a criança estava com parada e orientou os familiares a iniciarem as compreensões enquanto a viatura em que eu estava se deslocava. Quando chegamos na rua notamos muita movimentação e quando abrimos a porta da ambulância os familiares já trouxeram a criança”, relembrou.

A criança estava sem sinais vitais a cerca de 20 minutos.

“Iniciamos os protocolos de reanimação, foi verificado o ritmo cardíaco, tentado o acesso e a criança entubada precocemente. Suspeitamos de duas causas da parada [cardíaca], por conta da falta de oxigênio no cérebro ou por hipotermia. Foi encontrada dentro da geleira [caixa térmica], ficou hipotérmica, a temperatura dela caiu e não chegou oxigênio no cérebro”, lamentou.

A médica disse ainda que a criança até chegou a reagir ao socorro, mas em razão da gravidade, não resistiu.

“Ela até chegou a ficar um pouco corada, teve uma hora que até achei que ela ia voltar, porém, devido ao tempo em que ficou dentro da geleira, não resistiu. A mãe até brincou que ela era uma criança muito brincalhona e que gostava de fugir. Talvez tenha achado que a geleira era uma piscina muito legal e pulou dentro. O cenário favoreceu muito”, concluiu.

PUBLICIDADE