Só de boa: a paz está selada entre PSL no Acre e o vice-governador Major Rocha

Enfim, a paz. É esse o clima entre o PSL no Acre e o vice-governador Major Rocha. Em meados de 2020, a agremiação e o ex-tucano protagonizaram momentos de pura tensão após a filiação de Rocha ao partido, imposta pela nacional, e o consequente apoio à candidatura de Minoru Kinpara (PSDB) à prefeitura de Rio Branco – ideia que fez a militância pesselista torcer o nariz, com direito a rebelião de um dos quadros mais importantes da sigla, o coronel Ulysses Araújo.

Mas tudo isso é passado. Pelo menos é o que diz o presidente estadual do PSL, Pedro Valério, que acaba de ser reconduzido ao cargo para seu sétimo mandato, que vai até o dia 30 de junho.

“Ficou para trás. Hoje nós estamos em paz aqui no partido, não há mais conflito. O Major Rocha hoje é um aliado nosso e está 100% em paz com a gente, graças a Deus”, garante o dirigente.

Prova disso, segundo Valério, é que o vice-governador pediu espaço na diretoria estadual do PSL para pessoas de seu grupo e foi prontamente atendido. “A executiva tem a anuência dele, que é um filiado ilustre nosso”.

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Motivos não faltam para Valério estar de boa com a vida. Além de ser reconduzido ao cargo no qual gosta de estar – com o apoio quase que unânime da militância e da executiva nacional -, ele comemora o crescimento expressivo da legenda no Acre e a eleição de dois vereadores, um deles na capital. Hildegard Pascoal, filho do ex-deputado federal Hildebrando Pascoal – condenado a mais de 100 anos de prisão por liderar grupo de extermínio nos anos de 1990 -, já tomou posse e conquistou um lugar na mesa diretora da Câmara.

Pedro Valério: de boa com a vida / Foto: Arquivo

O crescimento do partido se mede não só pelo número de filiados (mais de dois mil hoje contra apenas 87 em 2018), mas também pela presença em 18 dos 22 municípios acreanos. Há cerca de três anos, a legenda tinha apenas seis diretórios municipais.

“Temos motivos para comemorar. Quem era o PSL no Acre? Procure lembrar. Era um partido meramente cartorial, funcionava dentro de uma pasta que ficava debaixo do sovaco do [hoje deputado estadual pelo PV] Pedro Longo. Não prestava conta de nada e, por isso, estava suspenso, ou seja, impedido de disputar nesses seis municípios onde tinha diretório. Até o estadual estava inadimplente”.

Valério reforça que antes de 2018 faltava vida orgânica ao partido. Em 2020, a sigla disputou eleições em 18 cidades, seis delas como cabeça de chapa para o majoritário e cinco como vice, todas sem sucesso, com exceção de Hildegard Pascoal e Zé Maria para o parlamento-mirim de Rio Branco e Epitaciolândia, respectivamente.

“Em que pese não ter eleito nenhum prefeito, o partido cresceu muito. Existem 35 partidos legalizados no Brasil. Vinte e seis deles disputaram uma vaga na Câmara da capital e só nove fizeram vereadores, entre eles o PSL, sem contar o Zé Maria em Epitaciolândia. Todos por mérito próprio. Isso é um avanço significativo”, finalizou Pedro Valério.

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