Seca histórica no Acre provoca crise hídrica e causa impactos profundos na vida local

A maior seca já registrada afeta gravemente o Rio Acre e o Rio Iaco, com impactos diretos na vida cotidiana e medidas urgentes do governo

O estado do Acre enfrenta uma crise hídrica sem precedentes, com o Rio Acre e o Rio Iaco atingindo níveis históricos de baixa neste domingo (15).

O Rio Acre, em Brasiléia, registrou uma cota alarmante de 0,68 centímetros, a menor já registrada. Esses recordes resultam em medidas emergenciais e impactos significativos na região.

Rio Acre em Brasiléia registra a menor cota histórica de 0,68 cm neste domingo/Foto: Divulgação/Defesa Civil Municipal de Brasiléia.

Seca no Rio Acre/Foto: Juan Diaz/ContilNetO Rio Iaco, em Sena Madureira,  atingiu a cota de 0,34 centímetros neste domingo, também a maior seca da história na cidade. A segunda maior seca histórica foi no dia 7 setembro deste ano, 0,35 centímetros.

Rio Iaco em Sena Madureira atinge a menor cota histórica de 0,34 cm neste domingo, refletindo a severidade da crise hídrica no Acre/Foto: ContilNet

A seca severa tem causado impactos profundos na vida cotidiana e no meio ambiente. A escassez de água está afetando o abastecimento, a navegação e setores cruciais como a agricultura e a pecuária.

Rio Acre, em Brasiléia, atingiu a menor cota da história/Foto: Divulgação/Defesa Civil Municipal de Brasiléia.

O governo está tomando medidas emergenciais para mitigar os impactos, incluindo a suspensão do uso do fogo, reforço na fiscalização ambiental e melhorias na infraestrutura hídrica.

Rio Acre em Rio Branco sofre os efeitos graves da seca com níveis historicamente baixos/Foto: Juan Diaz, ContilNet

Em resposta à crise, veja a série de medidas emergenciais tomadas pelo governo do Acre:

  • Suspensão do Uso do Fogo: Portaria nº 123 do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) proíbe o uso do fogo em todo o estado.
  • Reforço na Fiscalização Ambiental: Lançamento da Operação Sine Ignis (Sem Fogo) para combater desmatamento e queimadas.
  • Melhorias na Infraestrutura Hídrica: Instalação de filtros de água potável e melhorias na rede de captação e distribuição de água.
  • Treinamento e Equipamento: Uso de Bambi Buckets em helicópteros para combater incêndios florestais.
Bambi Buckt otimiza o tempo das forças de segurança, levando cinco minutos para encher e chegar até o local de ocorrência em qualquer parte de Rio Branco. Foto: Dhárcules Pinheiro/Sejusp.

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O coronel Carlos Batista, comandante da Defesa Civil Estadual, ressaltou a importância da colaboração entre os órgãos envolvidos: “Estamos com diversas ações de resposta em andamento, trabalhando de forma conjunta com os diversos órgãos estaduais, federais e municipais para enfrentar a crise e mitigar os impactos.”

Filtros de água potável foram instalados em Ugais do estado. Foto: Divulgação/Sema.

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O governo do Acre também recebeu aprovação para R$ 10,9 milhões em recursos, destinados ao enfrentamento da estiagem e combate a incêndios, com o objetivo de apoiar as ações emergenciais e proteger a população.

Saiba mais: Acre pede urgência, e Governo Lula libera R$ 10,9 milhões para o combate à seca e queimadas

O monitoramento contínuo da situação, com a elaboração de boletins diários sobre clima, níveis dos rios e qualidade do ar, permanece uma prioridade para as autoridades, sublinhando a urgência e a gravidade da crise hídrica no estado.

A seca severa no Acre é marcada por recordes históricos de baixa nos níveis dos rios Acre e Iaco. Com os rios atingindo cotas alarmantes e a qualidade do ar comprometida devido a incêndios, a região enfrenta uma crise hídrica sem precedentes.

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