De jovem aprendiz a empresário visionário: Rodrigo Pires tinha o sonho de ser governador do Acre

O empresário era o principal executor de uma agenda chamada “Acre 2050”, uma plataforma que visava discutir o desenvolvimento do Acre a curto, médio e a longo prazo

O acidente que matou o empresário Rodrigo Severiano Pires aos 35 anos de idade, na noite de sexta-feira, na BR-317, nas imediações da sede do município de Senador Guiomard, não levou apenas um empreendedor visionário preocupado com os destinos da juventude brasileira. Levou o principal executor de uma agenda chamada “Acre 2050”, uma plataforma que visava discutir o desenvolvimento do Acre a curto, médio e a longo prazo.

Ele defendia que os 25 anos seria o tempo necessário para que o Acre reencontrasse sua verdadeira vocação econômica e se desenvolvesse com a geração de emprego e renda, principalmente para a população mais jovem e para a geração que está nascendo agora.

Rodrigo era apontado como ‘visionário’ por amigos e familiares/Foto: Redes sociais

Embora originário de uma família de comerciantes e empreendedores, a família Pires, das antigas lojas de móveis e eletrodomésticos Utilar, além de investidores do setor do agronegócio, Pires nasceu em Rondônia, mas vivia no Acre desde a adolescência. 

No Acre, ele era, entre outras coisas, um influenciador digital – ou um profissional do Coaching, para usar uma palavra em moda no mundo dos negócios. No entanto, não gostava da definição, preferindo se apresentar apenas como um cidadão que ajudava a sociedade de forma cívica.

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Nesta condição, apesar de bem nascido em família rica, preferiu, no entanto, sair cedo de sua zona de conforto, segundo revelou numa entrevista exclusiva ao ContilNet, em 20 de janeiro de 2020. Na época, apesar da pouca idade, já demonstrava vasta experiência no campo empresarial, sempre com a agenda cheia de compromissos que registram palestras por todo Acre e em algumas partes do Brasil. Ele falou sobre o sonho de ser governador do Estado em algum momento da vida.

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Rodrigo Pires era também um líder empresarial, sócio-proprietário, só para citar algumas de suas empresas, da PWS Publicidade, Rowd Produções, que atuam na área de comunicação, e Donn Barbearia – empresas referências em seus ramos. Além de desempenhar também atividades no setor de agronegócios.

O empresário tinha apenas 36 anos de idade/Foto: Redes sociais

Rodrigo começou sua história empreendedora ainda jovem. Com apenas 12 anos ajudava na empresa dos pais. Logo em seguida, aos 14 anos, tornou-se jovem aprendiz no Serviço Nacional do Comércio (Senac) e, na sequência, atuou como facilitador do Empretec, programa desenvolvido pelas Nações Unidas estabelecido pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento para promover a criação de pequenas e médias empresas sustentáveis, inovadoras e internacionalmente competitivas.

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Antes de ser dono de seus próprios negócios, Rodrigo trabalhou com grandes empresários locais para adquirir experiência. “Até então eu tinha sido só o filho do dono, e fui pro mercado pra aprender mesmo.”, disse, naquela entrevista exclusiva ao ContilNet.

Rodrigo era visto como um entusiasta do Agronegócio do Acre/Foto: Redes sociais

Com toda a formação voltada para a área de comunicação e negócios, seus projetos se destacam pela criatividade e inovação. Em suas palestras, ele costumava dizer aos jovens que têm o sonho de construir um grande negócio, que é preciso coragem e persistência, porque no Brasil as burocracias ainda são muitas. Mas ter convicção do seu propósito de vida é o que vai te impedir de desistir, e saber o que vale a pena ou não vai te diferenciar. “Estamos precisando dessas pessoas no Acre e no Brasil.”

Rodrigo Pires também tinha cadeira cativa na Associação dos Jovens Empreendedores do Estado do Acre e como Diretor de Comunicação da Associação Comercial do Acre – ACISA. Se dedicava a pensar e a executar projetos que visem o desenvolvimento do Estado, como a plataforma Acre 2050, um painel fixo que vai de 2018 a 2050 e que discute  o futuro do Acre a curto, médio e longo prazo. Como todo bom empreendedor, era obstinado no propósito de levar o Estado que adotou para viver a nível de vislumbre de dias melhores. ”Não vamos desistir do Acre, enquanto houver esperança não vamos desistir”, disse ele na entrevista.

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